Mesmo com a aparente tranqüilidade, uma nova onda de boatos voltou a se espalhar por São Paulo nesta quarta-feira. Como as pessoas ainda estão muito assustadas com a onda de violência que tomou conta do estado nos últimos dias, o clima é favorável para que as histórias ganhem força e espalhem o medo.

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No meio da tarde, do litoral à capital, começaram a circular informações de que a onda de atentados voltaria durante a noite. A razão é que a polícia teria assassinado parentes de Marcos Camacho, o Marcola, chefe das facções criminosas que organizaram os ataques. Foi o suficiente para que o comércio fechasse em algumas cidades e as aulas fossem suspensas em diversas escolas. Até a notícia de toque de recolher voltou.

A secretaria de Segurança Pública não confirmou a informação da morte de parentes de Marcola, mas o boato ganhou fôlego. Em Jundiaí, interior de São Paulo, as escolas fecharam mais cedo e os alunos foram dispensados depois que circularam informações que a mãe e a mulher de Marcola haviam sido mortas.

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No Guarujá, litoral paulista, a mesma história causou o fechamento do comércio e muitas escolas mandaram os alunos para casa. Em Francisco Morato, na Grande São Paulo, a informação ganhou tamanha proporção que surgiu a notícia de um novo 'toque de recolher'. No final da tarde, a cidade ficou deserta. Houve também ameaça de atentado no fórum de Ribeirão Preto, que não se confirmou. Mesmo assim, os funcionários encerraram o expediente mais cedo.

A secretaria estadual de Segurança Pública informou que a cidade voltou à normalidade, mas emitiu um alerta para que as delegacias e bases policiais reforçassem a segurança na noite desta quarta-feira. Na capital, a polícia removeu as bases da PM de vários locais da cidade. Foi uma forma de concentrar os policiais em determinadas áreas para reforçar a segurança nas delegacias.

Durante todo o dia, a polícia continuou fazendo blitzes à procura de armas, drogas e suspeitos de terem participado dos ataques criminosos. Unidades do Corpo de Bombeiros e bases comunitárias ainda estão isoladas e os policiais, em alerta máximo, com as armas em punho.

O número de ocorrência caiu, mas a madrugada ainda teve casos de violência. Em Osasco, na Grande São Paulo, onde a prefeitura foi atacada . Na zona norte da capital, vândalos também atacaram uma unidade da Sabesp.

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