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Avaliação

Popularidade da presidente cai de 36% para 31%

A nova pesquisa CNI/Ibope mostra queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff em junho em relação ao mês de março, data do último levantamento encomendado pela Confederação Nacional da Indústria. O porcentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom recuou cinco pontos porcentuais, passando de 36% para 31%. A confiança na presidente também caiu. A redução, nesse caso, foi de sete pontos porcentuais, de 48% para 41%.

Houve queda ainda no percentual da população que aprova a forma de Dilma governar. Em junho, o índice recuou para 44% ante 51% em março, quando os indicadores de popularidade e aprovação da presidente já haviam recuado frente à pesquisa feita em novembro de 2013.

Na avaliação do governo em nove áreas específicas, o porcentual de desaprovação é maior do que o de aprovação em todos os setores. Na área de educação, 67% desaprovam as políticas do setor e 30% aprovam. Na área da saúde, 78% desaprovam as medidas e apenas 19% aprovam. A segurança pública tem desaprovação de 75% e aprovação de 21%. A política de combate à fome é criticada por 53% e apoiada por 41%. A política de combate ao desemprego tem 57% de desaprovação e 37% de aprovação.

Com a alta da inflação, a política econômica do governo neste setor tem desaprovação de 71% e aprovação de apenas 21%, além de 7% que não quiseram ou não souberam responder. No caso da taxa de juros, as medidas têm desaprovação de 70% e aprovação de 21%.

Participação

Mais de um quarto da população não demonstra interesse pelas eleições

Mais de um quarto da população não tem qualquer interesse nas eleições de outubro. De acordo com a pesquisa, o interesse da população brasileira ainda é muito baixo. Apenas 16% disseram ter muito interesse. Para 29%, o interesse é médio. Outros 29% dizem ter pouco interesse. E para 26% dos não há nenhum interesse. "Chama atenção um quarto da população dizendo que não tem interesse nenhum nas eleições ainda", avaliou Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisa da CNI. As informações são da Agência Brasil.

Espontânea

Também foi apurada a intenção de voto espontânea da população, quando não são apresentados nomes para escolha dos entrevistados. Nesse caso, Dilma ficou com 25% das escolhas, Aécio com 11% e Eduardo Campos com 4%. O ex-presidente Lula foi lembrado por 3% dos entrevistados. Marina Silva (PSB) teve 1% de citações.

Pior que Lula

Na comparação do governo Dilma com o governo Lula, a maioria dos entrevistados consideram o governo do antecessor melhor. Para 45%, o governo de Dilma é pior do que de Lula; 44% acham que são iguais e apenas 9% consideram a administração de Dilma melhor. Mas, segundo o Ibope, os porcentuais se mantêm estáveis, dentro da margem de erro de dois pontos.

Apesar de ter tido queda na popularidade, a presidente Dilma Rousseff lidera a intenção de votos para o Planalto e venceria com folga no segundo turno, aponta pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. De acordo com a pesquisa, Dilma tem 39% das intenções de voto. O senador Aécio Neves (PSDB), que foi oficializado candidato no último sábado, aparece em segundo lugar, com 21%. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) tem 10%.

INFOGRÁFICO: Veja o gráfico da pesquisa do Ibope

Para a pesquisa, foram apresentados nomes de 11 possíveis candidatos. Pastor Everaldo (PSC), que também teve a candidatura oficializada no sábado, foi escolhido por 3%; o senador Magno Malta (PR) ficou com 2% das intenções de voto; e José Maria (PSTU) com 1%. Os demais candidatos somaram 3%. Entre os entrevistados, 8% disseram não saber ou não responderam, e 13 % votariam em branco ou nulo.

Amanhã, o PT realiza convenção para oficializar o nome da presidente Dilma Rousseff como candidata à reeleição. O PT vai reeditar a chapa encabeçada por Dilma, tendo o peemedebista Michel Temer como candidato a vice. O PMDB já oficializou a sua escolha em convenção própria, no último dia 10.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio Neves, a presidente venceria com 43% dos votos, segundo a pesquisa CNI/Ibope. O candidato tucano ficaria com 30% e 19% optariam por votar branco ou nulo. Neste cenário, 8% não responderam ou disseram não saber quem escolheriam.

Dilma bateria Eduardo Campos com o mesmo porcentual, caso fosse ele o adversário no segundo turno. O candidato do PSB ficaria com 27% dos votos e 21% votariam em branco ou nulo. Entre os entrevistados, 9% disseram que não sabiam ou não responderam.

Rejeição

Segundo Renato da Fon­seca, gerente-executivo de pesquisa e competitividade da CNI, chama a atenção o elevado porcentual de rejeição da presidente. O levantamento sobre a probabilidade de voto feito pela CNI/Ibope indicou que Dilma tem o maior índice de rejeição entre os três candidatos mais bem cotados: 43% afirmaram não votar na presidente de jeito nenhum. Em Eduardo Campos, 33% não votariam e, em Aécio Neves, 32%.

"Provavelmente está refletindo a queda de popularidade. da presidente É um fator de preocupação, reflete muito da economia atual. Mas nada aqui é imutável. Isso mostra uma tendência", afirmou Fonseca.

Copa do Mundo

A pesquisa foi realizada após a abertura da Copa do Mundo em São Paulo. Durante a partida inaugural do campeonato, no dia 12 de junho, Dilma foi alvo de vaias e xingamentos da torcida no estádio Itaquerão.

Contrariando o discurso do governo, o ministro Gil­berto Carvalho, da Secre­taria-Geral da Presi­dência, afirmou na quarta-feira que os xingamentos contra Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo não partiram só "da elite branca".

Segundo Carvalho, a avaliação de que a gestão petista é corrupta "pegou", percepção que, partindo das classes alta e média, vem "gotejando" no setor mais pobre da população.

A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 13 e 15 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 142 municípios no país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número BR-00171/2014.

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