Dos 11 corpos de vítimas do acidente com o avião da TAM que foram identificados, nove tinham sido liberados do Instituto Médico Legal (IML) até o início da manhã desta quinta-feira (19). Outros dois aguardam a chegada de parentes para que haja liberação, os de Márcio Rogério e Melissa Andrade, marido e mulher, passageiros da aeronave.
Um dos corpos que chegou a ser computado como identificado ainda precisa passar por uma contraprova para confirmação das digitais. Esse corpo seria provavelmente de Silvânia Regina de Ávila Alves, também passageira do avião. Segundo informações do instituto, Silvânia, de 44 anos, era gaúcha de Novo Hamburgo, morava em Sapucaia, era professora da rede pública estadual e viajava para participar de um congresso em São Paulo.
O trabalho de identificação pelo IML é lento, devido ao estado das digitais das vítimas. Como elas foram ressecadas pelo fogo, precisam ser reidratadas pela equipe do instituto. O IML ainda não fez nenhum exame de DNA, pois têm dado preferência às vítimas que permitem uma identiicação mais rápida. "A complexidade dos exames está sendo de média a grande. A prioridade é de identificação das digitais", afirmou o legista André Morrone, assistente do diretor da Polícia Técnico-Científica, Celso Periolli. Resgate
O Corpo de Bombeiros retirou dos escombros do desastre, até as 22h30 de quarta-feira (18), 180 corpos. Somadas às três pessoas cujas mortes foram constatadas em hospitais, o total de mortos chega a 183.
Apesar de não haver certeza em relação ao número total de vítimas, as equipes trabalham com a estimativa de que ao menos 20 corpos ainda estejam sob os escombros. O número inclui passageiros e funcionários da TAM Express.
De acordo com o capitão Nilton Miranda, comandante da operação dos bombeiros no local, o trabalho é considerado delicado por causa da possibilidade de desabamento do prédio e do risco de novos focos de incêndio. "Mudamos a estratégia porque precisamos entrar com as máquinas para retirar os escombros. Os corpos estão em local inseguro devido ao risco de colapso das estrutura", disse comandante.
Oitenta e quatro bombeiros trabalham no resgate dos corpos de vítimas. Para evitar mais riscos para vizinhos e equipes de resgate, foram esvaziados cinco tanques do posto. Dois deles têm capacidade para abrigar 30 mil litros cada. Outros três, 15 mil litros. Vítimas
Quando o número de mortos estava em 178, o governo estadual anunciou que 166 estavam no avião, três no posto de gasolina e nove do prédio da TAM Express. A secretaria não soube informar a divisão com o novo número.
Esse foi o maior acidente aéreo do país. A queda do vôo 1907 da Gol, em setembro do ano passado, registrou 154 mortos. Dezoito pessoas que trabalhavam no prédio da companhia aérea TAM, atingido por um avião, estavam desaparecidas até a tarde desta quarta, de acordo com o capitão Nilton Miranda, do Corpo de Bombeiros. "Nosso trabalho só termina quando localizarmos todas as vítimas e deixarmos o local em segurança", disse.
O IML orienta parentes de vítimas a procurarem a equipe que está no salão de autoridades do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. A recomendação é que eles levem o maior número possível de documentos e informações que possam facilitar a identificação das vítimas.
Os dados recebidos pela equipe de Congonhas serão cruzados com os resultados das necropsias realizadas no IML Central. Se houver informações convergentes, os parentes serão chamados para fazer o reconhecimento da vítima.
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