Nove investigados da segunda fase da Operação Publicano haviam conseguido habeas corpus até a manhã desta quinta-feira (18). O benefício foi concedido aos auditores Gilberto Favato, Jaime Nakano, Laércio Rossi, Milton Antônio de Oliveira Digiácomo, Sérgio Paulo de Souza Quaresma, José Luiz Favoreto Pereira, Clóvis Agenor Rogge e Lídio Franco Samways Junior, além do empresário Marco Antonio Bueno.
“Os habeas corpus de José Luiz Favaretto e Orlando Aranda também foram propostos. Nossa alegação é de que houve desrespeito a uma liminar anteriormente concedida. Esses Hcs poderão beneficiar todos os outros investigados da Publicano, já que nossa alegação é houve produção de prova ilícita”, disse o advogado Walter Bitta r. Ele é o responsável por quatro HCs já concedidos: Rossi, Digicacomo, Quaresma e Bueno.
Na quarta-feira (17), quando havia informação de quatro habeas corpus, o promotor Renato Lima Castro afirmou que a decisão do STJ vai “na contramão do momento do País, em que presos do colarinho branco estão sendo mantidos presos, sobretudo quando partícipes de uma organização criminosa, na qual há hierarquia de poder e reiterações criminosas”.
Depoimentos
Cinco dos 50 presos na segunda fase da Operação Publicano foram encaminhados para a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina para prestar depoimento na manhã desta quinta-feira (18). Na quarta, 34 pessoas foram ouvidas pelo delegado Alan Flore, que tem até sexta-feira (19) para ouvir ainda os 11 presos restantes e concluir o inquérito da operação.
Do total de presos encaminhado ao Gaeco na quarta, 18 foram interrogados, mas apenas um falou: o auditor fiscal aposentado e advogado José Aparecido Camargo. O depoimento de Luiz Abi Antoun, parente distante do governador Beto Richa (PSDB), era o mais esperado de todos, pelo fato de ele ser apontado como o responsável pelas indicações para cargos de chefia na Receita Estadual. Ele chegou ao Gaeco sem algemas e não respondeu às perguntas dos policiais.
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