tomar posse nesta quarta-feira, o novo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Juniti Saito, anunciou que a Aeronáutica não pretende que o controle do espaço aéreo seja sua exclusividade, mas afirmou que qualquer mudança só deverá ser feita após uma análise técnica e criteriosa por parte de todos os órgãos envolvidos.
- O comando da Aeronáutica não pleiteia que a atividade de controle do espaço aéreo seja apenas de sua responsabilidade. Mas não podemos fugir à nossa obrigação de manter a soberania nacional em patamares condizentes com a importância do país - disse.
Saito argumentou que o Brasil demorou 30 anos para construir a estrutura aérea que tem hoje. Relatou também que o país tem recebido muitas consultas de outros países sobre seu modelo aéreo, principalmente após os atentados de 11 de setembro de 2001.
O brigadeiro disse que focará sua atuação à frente da FAC "no apoio ao homem".
- Assumo hoje o comando da Aeronáutica com o compromisso de dar continuidade ao aprimoramento de seus integrantes. É preciso que os militares e suas famílias sirvam com dignidade e sejam reconhecidos por sua dedicação aos rigores da carreira militar - afirmou.
Saito destacou também a necessidade de ampliar o domínio de idiomas dos controladores aéreos. A demanda surgiu após acusações de que uma das causas do acidente do vôo 1907 da Gol, que caiu no ano passado no Mato Grosso, foi o fato dos pilotos do Legacy, americanos, não estariam entendendo as ordens dos controladores brasileiros.