A oposição cobrou da Polícia Federal o aprofundamento das investigações do caso envolvendo o empresário Carlos Eduardo Carneiro Lemos, que teve dois funcionários detidos no aeroporto de Brasília, em 16 de maio, com R$ 465 mil em espécie escondidos em meias e cuecas.
Segundo reportagem da revista Veja, Lemos, que já foi investigado pela CPI dos Correios, tem ligações com o PT do Rio. Ele é acusado de comandar operações financeiras irregulares que deram prejuízo de R$ 100 milhões ao fundo de pensão dos funcionários da Companhia de Águas e Esgotos do Rio, a Prece.
Pelas operações irregulares com o fundo de pensão, Lemos foi condenado em 2012 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a pagar uma multa de R$ 3,3 milhões. Como o jornal O Globo publicou no dia seguinte à prisão no aeroporto, Lemos admitiu ser o dono do dinheiro levado por funcionários, mas alegou que os recursos seriam usados para pagar um apartamento no Rio e nada tinham a ver com os cofres públicos.
Integrante da CPI dos Correios, o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, disse que é preciso apurar o funcionamento dos fundos de pensão e sua ligação com o PT. "A PF tem de dar uma resposta. É revoltante alguém achar normal transportar esse volume de dinheiro em espécie. E ainda esta suposta ligação com fundos de pensão, com o governo e o PT. É uma coisa semelhante a outro fato já ocorrido de dinheiro na cueca", disse Dias, referindo-se ao caso de um funcionário do atual líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), já ter sido flagrado com dinheiro em espécie na cueca.
O líder do MD na Câmara, deputado Rubens Bueno, seguiu a mesma linha do senador Alvaro Dias: "Não podemos fazer um episódio destes, com tanto dinheiro em espécie, ser tratado como uma notícia qualquer. Temos que ter uma explicação definitiva".
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