O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, negou nesta segunda-feira (3) que sua indicação para o cargo tenha sido motivada por questões políticas.
Durante sua posse como diretor da Polícia Federal, ele ressaltou que os motivos de sua escolha foram técnicos. "Fico triste quando leio que a indicação se deu por questões político-partidárias, até porque o servidor de carreira típica do estado só se manifesta politicamente quando exerce o direito e dever de cidadão de votar."
Corrêa negou que haja disputas entre grupos rivais dentro da PF. "Se quiserem nos dividir em grupos, não conseguirão, porque somos a Polícia Federal. Por mais que tentem colocar [o ex-diretor-geral] Paulo Lacerda e eu em campos opostos, não conseguirão", afirmou Corrêa, em referência ao ex-diretor da corporação, que assumirá a chefia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Corrêa ressaltou que ele e seu antecessor têm "os mesmos ideais", e assegurou que fará um trabalho de continuidade na administração da PF.
Gestão anterior
O ex-diretor Paulo Lacerda disse, em seu discurso de despedida, que se empenhou em combater a corrupção e ao corporativimo na PF. Além disso, Lacerda enumerou várias operações realizadas pela PF durante os quatro anos e oito meses em que esteve à frente da PF. "É fundamental a compreensão de que não é suficiente o policial ser honesto, mas também é preciso ser vigilante contra a corrupção, de modo a gerar credibilidade na função pública."
Paulo Lacerda ressaltou, ainda, o trabalho feito pela Corregedoria da PF para buscar ações voltadas para a moralidade pública. "A começar pelas medidas autocorretivas aplicadas junto ao quadro funcional da PF, cortando na própria carne algumas mazelas internas", citou.
Ministro da Justiça
O ministro da Justiça, Tarso Genro, lembrou em seu discurso o caso do delegado Zulmar Pimentel, que chegou a ser afastado, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por suspeita de vazamento de informações da Operação Navalha, que desarticulou um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos destinados a obras públicas.
"A equipe de Lacerda atravessou momentos de instabilidade política. Eles mantiveram a prudência, dignidade e isenção que devem ter os servidores da PF", concluiu Tarso.
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