Brasília - O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, chegou ontem a Brasília. Falando em um português fluente, ele afirmou que começará já a trabalhar para aprofundar e reforçar uma "parceria para o século 21" entre os dois países.
"É um grande prazer estar de volta aqui no Brasil. É um país muito importante para nós. Vamos começar a trabalhar hoje (ontem), aprofundando a parceria para o século 21, disse o embaixador norte-americano.
O diplomata, que atuou na embaixada dos EUA no Brasil entre 1989 e 1992, apresentou ontem ao Itamaraty as cópias de suas credenciais. A expectativa da embaixada dos Estados Unidos é que, em fevereiro, Shannon venha a entregar suas credenciais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Demora
Por quase oito meses, o Senado norte-americano protelou a aprovação do nome de Shannon por falta de consenso entre republicanos e democratas. Ele foi indicado pelo presidente Barack Obama em maio do ano passado, mas só em 24 de dezembro de 2009 houve a aprovação.
A controvérsia em torno de sua indicação foi causada pelas divergências da política interna norte-americana. Os vetos ao seu nome que foram retirados posteriormente foram dos senadores republicanos Jim DeMint e George LeMieux.
Tanto DeMint quanto LeMieux discordavam das posições assumidas por Shannon na condução das negociações dos Estados Unidos para buscar um acordo pelo fim da crise política em Honduras. Os norte-americanos foram responsáveis pela intermediação de um acordo para que o presidente deposto hondurenha, Manuel Zelaya, retornasse ao poder. O acordo não foi efetivado.
Carreira
Com uma extensa carreira diplomática, Shannon foi assistente da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Ele passou também pelas embaixadas da Venezuela e África do Sul. Até novembro de 2009, Shannon ocupava o cargo de subsecretário do Departamento de Estado para as Américas.
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