Novo mandato inaugura plano urbano

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Uma das novidades do segundo mandato do governador Roberto Requião (PMDB), que começa na semana que vem, será a implantação de planos regionais de desenvolvimento. O projeto, que deve ser incorporado no Plano Plurianual (PPA) de 2008–2011 e já foi entregue para Requião por uma equipe de técnicos, propõe ações específicas para dez regiões do estado.

A equipe elaborou uma proposta de Política de Desenvolvimento Urbano (PDU) e de planos de desenvolvimento regional que inglobam questões sociais, de infra-estrutura, meio ambiente e institucionais. O primeiro documento ficou pronto em 2003, com a proposta de PDU. Neste ano, a equipe detalhou o planejamento para cada região, nos chamados Planos Regionais de Desenvolvimento Estratégico para o Estado do Paraná (PRDE), que ficaram pronto s em dezembro.

A última vez que o governo do estado teve uma proposta de Política de Desenvolvimento Urbano (PDU) foi em 1973. Na época, o foco principal era a criação de três eixos (Leste, Norte e Oeste) para a estruturação de pólos dinâmicos, interligados por um anel viário.

A nova proposta é de ações mais centradas em regiões onde há maior evasão populacional e desempenho socioeconômico poucos relevante, o que tem sido enfatizado desde o início da atual gestão. Com ações específicas para cada região, a intenção é reverter padrões atuais em áreas deprimidas, como o Centro, Noroeste, Norte Pioneiro e Vale do Ribeira e Iguape.

Nas grandes aglomerações urbanas, como Curitiba, Londrina, e Foz do Iguaçu, serão priorizadas ações que atendam às contradições e desigualdades sociais.

Recursos

Para todas as áreas estão previstas obras que podem ser contempladas no orçamento dos próximos anos. No dia 15 de janeiro o governador vai receber uma lista com as obras consideradas emergenciais e deve decidir, baseado nesse documento, quais as obras que serão incluídas na pauta do governo do estado com o governo federal, ou mesmo executadas pela administração estadual ainda neste ano.

Um dos coordenadores do PDU, o arquiteto Orlando Busarello, diz que, para o orçamento deste ano, diversas secretarias já incluíram algumas metas previstas para as ações regionais.

Foram diagnosticados os potenciais de cada região e quais os programas que devem ser levados para cada cidade a fim de promover a inclusão social e cultural. Na Região Leste, por exemplo, o plano de inclusão social propõe o fomento da cadeia produtiva do leite, além do turismo de eventos e religioso.

A equipe montada pelo governo é formada por arquitetos, engenheiros e consultores especializados de universidades, empresas particulares e públicas do estado. O grupo coletou demandas regionais registradas pelo documento final do Fórum Futuro 10, promovido pela RPC/Gazeta do Povo no ano passado, além de encontros regionais feitos pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Conferência das Cidades e outros fóruns da sociedade.

Projetado para durar mais do que um mandato, Busarello estima que o PDU continue mesmo se o PMDB não eleger o próximo governador. "Em quatro anos, já será um bem público. Não fizemos nada de maneira apressada, para apagar incêndio. É um projeto que apresenta um novo modelo de planejamento", diz o arquiteto.