Dois temas polêmicos vão voltar a ser discutidos na próxima semana na Assembleia Legislativa: o reajuste do salário mínimo regional e a nova Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Emprego. Os deputados líderes das bancadas e dos partidos vão se reunir com representantes das centrais sindicais, na segunda-feira (23) às 17 horas, na Sala da Presidência. Também vão participar do encontro o presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus (DEM), e o secretário estadual do Trabalho, Nelson Garcia.
A votação do novo mínimo regional, que deve variar entre R$ 605 e R$ 629, reajuste de 14%, foi adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a próxima semana. O deputado da oposição Douglas Fabrício (PPS) pediu vistas ao projeto do governo do estado. Fabrício afirmou que está preocupado com o momento econômico e pretende analisar melhor o projeto de lei antes da votação.
O piso regional é superior em 12,05% ao valor praticado nos demais estados brasileiros. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o novo piso regional deve beneficiar até 453 mil trabalhadores diretos e indiretos.
A PEC do emprego, que foi derrubada por um voto na semana passada, previa o corte dos incentivos fiscais das empresas que demitirem funcionários. Segundo o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), foram as próprias centrais sindicais que sugeriram a reunião para discutir os dois assuntos na próxima semana.
"É um pedido das próprias centrais preocupadas com a manutenção do emprego no Paraná. A PEC e o reajuste do salário mínimo regional são dois instrumentos neste sentindo", disse Romanelli ao site da Assembleia Legislativa.
Os representantes das centrais sindicais - Roni Anderson Barbosa (CUT), Juvenal Pedro Cim (CGTB), Ernane Garcia (NCST), Nelson Silva de Souza (Força Sindical), Zenir Teixeira (CTB), Cezar Bassan (UGT) do Dieese, Cid Cordeiro, e do Conselho Estadual do Trabalho, Carlos Zimmer vão participar do encontro.
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