Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o novo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, declarou que a Polícia Federal deve ter “independência total”. Também descreveu a delação premiada como “instrumento importantíssimo para investigação”. As posições começam a esclarecer os planos de Moraes para a pasta, um dos pontos nevrálgicos da gestão Michel Temer (PMDB) .
Questionado sobre quando será o fim da operação Lava Jato, o ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo disse que a pergunta deveria ser dirigida aos delegados federais e procuradores da República, “que estabeleceram a estratégia exitosa e competente de apuração”.
A respeito das delações premiadas, afirmou que são “instrumentos importantíssimos para a investigação, principalmente em casos de corrupção e criminalidade organizada, onde o mais relevante é responsabilizar e prender a cúpula das quadrilhas e recuperar os ativos”.
Moraes não descartou a possibilidade de viajar a Curitiba para acompanhar o andamento da Lava Jato. Também questionou o alcance do foro privilegiado para políticos.
“Não vejo necessidade dessa ampliação de foro privilegiado que a Constituição Federal de 88 estabeleceu. Me parece que seria suficiente, no máximo, essa previsão para Presidente e Vice da República, presidentes da Câmara e do Senado e Ministros do Supremo Tribunal Federal, seguindo a mesma lógica que o texto constitucional definiu para a substituição da chefia da Nação.”