Rebelo diz que doações não afetam sua independência| Foto: Agência Brasil

Conheça a trajetória política e os desafios de Aldo Rebelo

Ex-presidente da Câmara e ministro da Coordenação Política --equivalente à atual Secretaria de Relações Institucionais-- de Lula, Aldo sempre teve a imagem de alguém disposto ao diálogo.Leia a matéria completa

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O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta quinta-feira (27)não ver nenhum problema em ter recebido doações recebidas de patrocinadores da Confederação Brasileira de Futebol. "Não tem problema nenhum um banco ou uma empresa dessa anunciar em rádio, TV e jornal, ser parceiro da CBF e da Fifa e, se houve qualquer contribuição, pode ser que tenha, não atingiu e não atingirá de qualquer forma a minha independência".

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Ele disse ainda não acreditar em ressentimento por ter presidido uma CPI que investigou a CBF entre os anos de 2000 e 2001. Nos últimos anos o agora ministro aproximou-se do presidente da entidade, Ricardo Teixeira, e é um dos interlocutores do cartola no Congresso.

Meia-entradaEm entrevista coletiva, Rebelo também disse ser favorável a conceder o benefício da meia-entrada para estudantes durante a Copa do Mundo, mas ressaltou que vai defender a aprovação do projeto da Lei Geral da Copa na Câmara na forma como foi enviado pelo Executivo. O governo federal optou por não tratar do tema e deixar a Fifa negociar diretamente com Estados e municípios. Apenas o direito à meia-entrada para idosos estaria garantido por ser lei federal.

Rebelo destacou que o Ministério já suspendeu convênios com ONGs no âmbito do programa Segundo Tempo e manifestou a intenção de estender a prática para todos os programas. Os convênios passariam a ser firmados apenas com entes públicos. "Não vai acabar com o Segundo tempo. Não vai acabar com os programas, mas fazer com prefeituras", disse. "Se desejam que me expresse como mais clareza, como ministro, no Ministério, não pretendo fazer convênio com ONGs".

Mudanças

Rebelo disse também que as mudanças que pretende fazer no Ministério do Esporte não significam "condenação" de quem for afastado. Ele confirmou em entrevista coletiva que fará alterações na equipe, mas usou um tom ameno em relação aos servidores que devem ser afastados de suas funções. "Certamente que haverá mudanças e as competências que lá estão e que tenham correspondido a suas atribuições serão mantidos. Os que serão mudados serão pelo critério da mudança pessoal, da mudança técnica. A mudança não significa a condenação de ninguém", disse o novo ministro.

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O novo ministro afirmou ter almoçado na casa de seu antecessor, Orlando Silva, para se inteirar dos assuntos do Ministério. Afirmou que não houve qualquer recomendação da presidente Dilma Rousseff sobre a relação com à Fifa. "Não houve recomendação. Creio que o relacionamento deve ser de praxe. A Fifa tem uma responsabilidade, o governo tem a sua e trabalharão naturalmente levando em conta a cooperação necessária e a independência".

Posse

Aldo Rebelo tomará posse na segunda-feira (31). Nesta quinta, ao sair de reunião em que recebeu o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o comando da pasta, Aldo não quis responder perguntas sobre a relação entre o governo e a Fifa. Ele alegou que ainda não teve contato com a equipe do Ministério do Esporte para poder falar do assunto.

"A presidente não entrou nos detalhes da atividade da pasta e eu também não teria como fazer isso porque não tive nenhum contato com a equipe do ministério para tomar conhecimento de forma mais detalhada, tanto das tarefas quanto da estrutura. Por essa razão, volto a falar sobre essa questão no meio da tarde", disse.