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O novo ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta sexta-feira (15) que ainda não sabe se vai deixar o cargo de secretário-geral do PDT enquanto estiver na Esplanada. "Estou agora me incorporando como ministro. Até hoje (sexta) estava cuidando do partido. Até poderei fazê-lo do ponto de vista legal [deixar a secretaria-geral do PDT], mas não sai da minha alma, do meu espírito meu compromisso ideológico partidário", disse.

Em 2007, a Comissão de Ética da Presidência já havia recomendado a exoneração do ministro Carlos Lupi por acumular a presidência do PDT e o Ministério do Trabalho. Na ocasião, Lupi se afastou da presidência do partido para continuar ministro. Dias assume o Trabalho como representante do grupo de Lupi, que se posicionou contra a gestão de Brizola Neto nos dez meses em que comandou a pasta.

A troca foi feita pela presidente Dilma Rousseff pensando no apoio do PDT nas próximas eleições. Hoje, contudo, Dias disse que "é cedo" para falar em apoio do PDT à reeleição de Dilma. "O PDT não discutiu ainda essa questão. Nem a presidenta está cobrando isso", afirmou o novo ministro, numa tentativa de desassociar a escolha do nome dele às negociações políticas para a próxima eleição.

Ele deixou escapar, contudo, que o apoio de uma eventual candidatura presidencial ao PSB, de Eduardo Campos, não está descartado. A primeira medida do ministro será para atender a um pedido da presidente para transformar os escritórios e agências do Ministério do Trabalho, em especial onde os trabalhadores vão buscar seus direitos e fazer carteiras.

"Tem que ser moderno, informatizado, confortável. Vamos fazer um grande plano de transformar essa ponta num órgão referência onde o trabalhador se sinta confortável, bem atendido e se emocione com isso", prometeu.

Dias toma posse neste sábado com a missão, nas palavras do próprio ministro, de "zelar pelo bem público". Ele afirmou ainda que vai tentar pacificar o partido, dividido desde que Brizola Neto havia assumido a pasta em maio passado.

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