Brasília (Folhapress) – A cerimônia de entrega do texto da reforma universitária, realizada no Palácio do Planalto com a participação de reitores, parlamentares, ministros e autoridades, também serviu para a sanção das leis de criação de cinco novas universidades federais e a posse de Fernando Haddad no Ministério da Educação, que substitui Tarso Genro.

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Em seu discurso, o presidente Lula deu um "conselho" a Haddad ao recomendar que o ministro procure as bancadas de todos os partidos para discutir a reforma universitária e tentar votá-la ainda neste ano.

Já Haddad diz acreditar na retomada das votações no Congresso no segundo semestre – uma possibilidade remota diante da quantidade de denúncias de corrupção apuradas hoje por e contra parlamentares.

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Ao entregar o anteprojeto ao presidente, último ato de Tarso na pasta, o ex-ministro disse que a proposta era um produto do diálogo social. Em seguida, ouviu o presidente da Andifes (associação dos reitores das federais), Oswaldo Baptista Duarte Filho, e o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, reivindicarem mais recursos para as federais, apesar de reafirmarem apoio à reforma.

O texto apresentado ontem manteve a previsão de destinar 75% das verbas vinculadas da Educação para a rede federal de ensino superior, excluídos pensionistas e alguns gastos com hospitais universitários, por exemplo. "Os recursos devem ser compatíveis às atribuições de expansão sob pena de mantermos a degradação dos últimos anos", disse Duarte Filho. As universidades públicas têm a meta, pelo projeto, de atender a 40% das matrículas do ensino superior até 2011. Hoje não passam de 25%.