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Na posse como presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi admitiu desconhecer as funções que terá de exercer na estatal. Político filiado ao PSB, ele chefiava a Agência Espacial Brasileira.

"O novo presidente reconheceu que ainda não conhece a Infraero, mas mostrou-se confiante nas informações que receberá do antecessor", informou o Ministério da Defesa em nota divulgada nesta segunda-feira (6). Gaudenzi substituirá o brigadeiro José Carlos Pereira na estatal.

A posse de Gaudenzi ocorreu em reunião do Conselho de Administração da Infraero, presidido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. A transmissão de cargo está marcada para terça-feira (7) às 17h no Ministério da Defesa.

"Jobim anunciou aos conselheiros os três paradigmas que deverão nortear as ações do governo para o setor aéreo: segurança, regularidade e pontualidade. No item segurança, estão envolvidas as ações do governo, na oferta de infra-estrutura aeroportuária e de controle de vôo; já as empresas devem garantir a manutenção dos seus equipamentos", consta da nota do Ministério.

Antes da reunião, Gaudenzi afirmou que, como usuário dos aeroportos brasileiros, não está satisfeito com o serviço oferecido. Ele tomará posse nesta segunda-feira como novo presidente da estatal.

"Vou assumir esse desafio tendo como foco a segurança dos passageiros", disse. "Os passageiros precisam receber informações apuradas, precisas. Ele tem o direito de receber uma informação para ter tranqüilidade na hora de voar. Eu, como usuário, não fico satisfeito com o serviço", acrescentou.

Atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Gaudenzi afirmou que irá fazer uma análise dos principais aeroportos do país para mapear as áreas que precisam de investimento.

"Vou fazer um levantamento dos aeroportos para ver os problemas e propor medidas para melhorá-los", prosseguiu.

Auditoria

Filiado ao PSB, Gaudenzi disse que é "um gestor público" e minimizou argumentos de que não teria conhecimento do setor aéreo para assumir a Infraero. "Como o próprio ministro Nelson Jobim afirmou, eu sou político, mas não sou uma indicação política ao cargo", afirmou.

Ele evitou comentar se pretende fazer alterações nas diretorias da Infraero. Disse que conversará com os dirigentes e só depois de analisar a estrtutura da estatal definirá quais mudanças serão tomadas.

Gaudenzi disse ainda que cogita a possibilidade de convidar o Tribunal de Contas da União (TCU) para fazer uma auditoria no órgão.

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