O novo tesoureiro do PT, que deve ser definido nesta sexta-feira, terá que assinar a prestação de contas do partido, referente a 2014, com movimentações financeiras feitas por João Vaccari Neto, que se licenciou da função após ser preso na última quarta-feira. A Polícia Federal investiga o suposto envolvimento de Vaccari no esquema de corrupção na Petrobras. A prestação de contas tem que ser entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o próximo dia 30.
A direção do PT enfrenta dificuldades para encontrar alguém disposto a assumir a Secretaria de Finanças do partido. Os dirigentes do partido estão reunidos em São Paulo para definir quem ficará com o cargo. Inicialmente, recusaram a tarefa o secretário de Comunicação da legenda, José Américo, e Alberto Cantalice, um dos vice-presidentes. “É uma responsabilidade a mais (assinar as contas de Vaccari)”, disse uma liderança da corrente majoritário do PT, a Construindo um Novo Brasil.
O Diretório Nacional do PT, cujo caixa era administrado pelo PT, repassou à campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, no ano passado, R$ 5,7 milhões oriundos de empresas investigadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal. Do partido, saiu pouco mais de R$ 1 milhão doado pela Andrade Gutierrez; R$ 1,9 milhão da Odebrecht e R$ 2,8 milhões da Braskem.
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