O novo presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Murilo Marques Barboza, tomou posse do cargo na tarde de quinta-feira (13) prometendo não romper com a linha de trabalho de seus antecessores. Não esperem nenhum choque de gestão. Venho para dar continuidade ao competente trabalho de meus antecessores, afirmou ele em seu discurso de posse.

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Ao admitir os enormes desafios que terá que enfrentar, Barbosa garantiu que a Infraero conseguirá atender em tempo hábil as exigências de melhoria da infraestrutura aeroportuária que o país precisa cumprir até o início da Copa do Mundo de 2014. Para ele, é necessário ampliar a malha aeroviária nas regiões Centro-Oeste e Norte, sem descuidar dos equipamentos já existentes nas regiões Sul e Sudeste.

Perguntado sobre os projetos de abertura de capital da empresa e de concessão de aeroportos hoje administrados pela estatal iniciativa privada, Barbosa disse que essa é uma decisão de governo e que não cabe aos gestores da Infraero questionar. Lembrado de que o ex-presidente da empresa, Sergio Gaudenzi, teria deixado o cargo por discordar da concessão de aeroportos, que considerava prejudicial s contas da estatal, Barbosa disse confiar que o governo tomará a melhor decisão para a Infraero.

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A abertura de capital está sendo estudada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e nós cumpriremos os objetivos que o governo determinar, afirmou Barbosa. A mesma coisa para a concessão de aeroportos. Tenho confiança no trabalho que está sendo feito pela Anac e, certamente, se o presidente da República decidir por determinada linha política, vamos atendê-la pois isso certamente será o melhor para a empresa, completou.

Presente cerimônia de posse, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que a intenção do governo é limitar a 49% a abertura do capital da empresa para garantir que o governo detenha a maior parte das ações da estatal.

De acordo com Jobim, Barbosa terá que preparar a infraestrutura necessária para abrigar o crescimento do número de usuários de transportes aéreos, levando em conta a demanda extra por ocasião de grandes eventos esportivos. A jornalistas, o ministro admitiu que o setor tem gargalos, mencionando os aeroportos de Guarulhos (SP), Vitória (ES), Goiânia (GO) e Brasília (DF), que já está saturado. Em tom de brincadeira, Jobim disse para Barbosa que se [ele] não trabalhar direito, sai.

Engenheiro eletricista, Barboza ocupava a chefia de gabinete do Ministério da Defesa desde julho de 2007. Antes, já havia sido assessor dos ministros José Viegas (2003/2004) e Waldir Pires (2006/2007) e do vice-presidente da República, José Alencar, durante o período em ele comandou a pasta, entre novembro de 2004 e março de 2006. Barboza também presidia o Conselho Fiscal da Infraero.

Minha experiência no ministério me propiciou um contato com a complexidade da aviação civil brasileira e um convívio com autoridades do setor. O período que estive frente do Conselho Fiscal da Infraero me propiciou conhecer sua missão, sua organização e seus desafios, disse Barboza.

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