Escolhido na sexta-feira (17) o novo tesoureiro do PT, Márcio Macêdo já defendeu publicamente a compra da refinaria de Pasadena e as operações da Petrobras que deram início à CPI da Lava Jato. Ele também assinou, em junho do ano passado, um manifesto contra a postura do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, no julgamento do mensalão.
“O Brasil assiste perplexo à escalada de arbitrariedades cometidas por Joaquim Barbosa”, diz o documento endereçado aos demais ministros da Suprema Corte. O manifesto afirma que os sentenciados do mensalão, incluindo o ex-tesoureiro Delúbio Soares, vivem momentos de angústia. Seus signatários pedem que o tribunal reveja seus métodos.
Durante o julgamento do mensalão, Macêdo também foi às ruas em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Quero dizer às elites do Brasil que mexer com Lula é mexer com o povo brasileiro”, discursou.
Ao longo de seu mandato como deputado federal, de 2011 a 2014, Macêdo subiu à tribuna para apoiar mensaleiros e dirigentes da Petrobras. Ele acusou, por exemplo, a oposição de “macular a imagem da empresa” para privatizá-la e disse que o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli “fez um bom negócio” na compra de Pasadena. “Quero repudiar a posição irresponsável da oposição em relação ao episódio da Petrobras e de Pasadena.”
O novo secretário de finanças do PT integra a corrente mais poderosa do partido e comandada por Lula. Nas reuniões internas, sempre apoiou a tendência composta pelo antecessor João Vaccari Neto e por Delúbio.
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