A Operação Lava Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras a partidos políticos, vai incluir a participação de novos doleiros e emissários na entrega de dinheiro a agentes públicos em Brasília e outros estados. A Polícia Federal (PF) identificou na contabilidade paralela do Posto da Torre, que pertence ao doleiro Carlos Habib Chater, um dos presos na Lava Jato, subcontas e documentos de transporte de valores em espécie.
O juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara da Justiça Federal do Paraná, e o Ministério Público Federal (MPF) querem detalhes da movimentação de sete dessas subcontas. Apenas numa delas, a "K corrente", foram movimentados R$ 15,2 milhões entre 2008 e março deste ano. Os documentos que servem para justificar o transporte de dinheiro vivo somam R$ 1,8 milhão. As remessas foram destinadas ao Rio de Janeiro, Manaus, Porto Alegre e Santa Catarina, entre 2011 e 2014.
Todos os documentos de transporte informam que o dinheiro seria usado como sinal para aquisição de posto de gasolina. Quatro portadores foram identificados. Um deles, identificado como "Sanje", levou R$ 235 mil para Manaus e R$ 400 mil para Porto Alegre. Outra remessa, para Curitiba, de R$ 420 mil, foi feita por André Nego (André Luiz Santos), réu na Lava Jato e que até tentou fugir após uma audiência na Justiça. No nome dele está a subconta "And", da qual, em um único dia, foram retirados R$ 574 mil em dinheiro vivo e R$ 33 mil pagos a Chater, supostamente de comissão. Em novembro de 2013, a "And" acumulava movimentação de R$ 1,298 milhão.
Ideia do juiz
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou ontem um projeto no qual sugere uma alteração no Código Processo Penal para que as pessoas condenadas por corrupção só possam responder em liberdade caso devolvam o montante desviado. "O juiz, com o fim de assegurar a aplicação da lei penal, levará em consideração se o produto do crime foi integralmente recuperado para decidir se o condenado por crime de peculato, concussão ou corrupção, passiva ou ativa, poderá apelar em liberdade", diz o texto. O senador afirmou que resolveu apresentar o projeto em razão de uma sugestão do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.
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