A prestação de contas da campanha eleitoral deste ano, apresentada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mostrou que alguns eleitos para a Câmara Federal que vão debutar em Brasília, tiveram que gastar muito mais do que aqueles que conseguiram espaço na mídia no último mandato. Parte dos dados das receitas e despesas das campanhas foi divulgada ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelo site do tribunal.
Gustavo Fruet (PSDB) e Osmar Serraglio (PMDB), por exemplo, que tiveram destaque na CPI dos Correios, ficaram entre os cinco mais votados e a prestação de contas revelou que os gastos para a reeleição não foram dos mais altos. Fruet teve despesa de R$ 617.599,66 e Serraglio, de R$ 653.903,39.
O deputado estadual Barbosa Neto (PDT) não precisou de mais de R$ 181.475,00 para garantir uma vaga na Câmara Federal. Hermes Parcianello (PMDB), candidato reeleito, também não gastou muito para permanecer em Brasília, comparado com outros eleitos: R$ 223.337,17. Abelardo Lupion (PFL), também reeleito, precisou de um pouco mais e gastou R$ 784.438,00.
Em compensação, candidatos de primeira campanha tiveram que promover campanhas milionárias para garantir a vaga. Rodrigo Rocha Loures (PMDB) teve uma receita de R$ 2.923.227,58. Outros não tiveram a mesma sorte, mesmo com muito dinheiro na campanha. É o caso de Marcelo Almeida (PMDB) que arrecadou e gastou R$ 1,1 milhão. Foi bem votado, mas ficou com a primeira suplência do partido. Com a reeleição de Roberto Requião para o governo, Almeida pode vir a ocupar a cadeira no Congresso Nacional, já que o governador o pode convocar seu ex-secretário de Administração, Reinhold Stephanes, reeleito deputado federal, para compor novamente a equipe.
Ratinho Jr. (PPS), segundo deputado federal mais votado, investiu pesado na campanha, apesar de já ter sido um dos deputados estaduais mais votados no atual mandato. No total, gastou R$ 2.620.437,73 e a maior parte desses recursos vieram de dinheiro dele, do pai Ratinho e da empresa da família.
O deputado federal reeleito Affonso Camargo (PSDB), "o pai do vale transporte", gastou R$ 333.200,00 para continuar em Brasília. Alceni Guerra (PFL), que estava sem mandato desde que foi prefeito de Pato Branco (1997-2000), foi eleito deputado federal com uma campanha de R$ 556.804,00.
A Secretaria de Controle Interno e Auditoria do TRE do Paraná recebeu a prestação de contas de todos os candidatos eleitos em primeiro turno. As contas serão agora analisadas e o TRE tem até oito dias antes da diplomação para autorizar a posse. A diplomação está marcada para o dia 19 de dezembro.
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