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O impasse entre governo e ruralistas acabou inviabilizando a votação da medida provisória do Código Florestal na tarde desta quarta-feira (5). Com isso, aumenta o risco de a MP 571 "caducar", ou seja, perder a validade no dia oito de outubro. O PV apresentou requerimento pedindo a retirada de pauta da MP, e a sessão caiu por falta de quorum. Mas parlamentares da própria base aliada obstruíram a votação.

A avaliação foi de que não havia clima para votar a matéria, diante da decisão da presidente Dilma Rousseff de não negociar e de diante dos ruralistas exigirem a aprovação do texto já aprovado na Comissão Mista e sem vetos posterior.

O placar registrou 170 votantes, quando são necessários, pelo menos, 257 deputados. O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que, sem a MP, os produtores rurais serão prejudicados, porque não haverá regras de preservação de áreas ambientais.

"Sem a MP, estará se prejudicando 96% dos produtores rurais do Brasil", disse Chinaglia. Apesar dos alertas de que a MP deve cair, nos bastidores os líderes aliados negociam com a bancada ruralista uma votação na semana do dia 18. Mas, neste caso, o Senado terá que convocar semana de esforço extra, já que só há previsão de trabalhos até a semana que vem, antes das eleições de outubro.

"Está mais difícil o Grêmio virar líder hoje do que se votar essa MP", brincou o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), antes de anunciar o encerramento da sessão.

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