O número de mortes no Brasil causadas por armas de fogo em 2004 foi 15,4% menor do que o esperado, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Unesco. Ao todo, foram poupadas 5.563 vidas, o que foi atribuído à campanha do desarmamento, em vigor há mais de um ano, e ao estatuto que restringe o uso de armas de fogo pela população civil, aprovado pelo Congresso no fim de 2003. O cálculo foi feito a partir da comparação entre as mortes contabilizadas no ano passado e o número esperado se o número de óbitos continuasse a subir, como ocorria há 13 anos.
- O desarmamento é o melhor caminho para reduzir a violência no país. A posse e a utilização de armas não protege a população, muito pelo contrário - disse o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que estava presente ao evento de divulgação dos dados.
Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou um estudo comparativo entre as vítimas fatais de armas de fogo em 2003 e em 2004. O resultado foi uma queda de 8,2% no índice de mortes, o que equivaleria a 3.234 vidas poupadas. No entanto, essa pesquisa comparou apenas o número absoluto de mortes por armas de fogo nos dois anos, sem levar em consideração a estimativa de vítimas a mais previstas para 2004 em relação ao ano anterior, conforme a tendência de ascendência da curva de mortes por essa causa.
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