O vice-presidente da República, Michel Temer (foto), reassume hoje o comando nacional do PMDB para liderar as articulações do partido para as eleições de outubro. Ele havia se afastado da presidência do partido em 2010, quando se candidatou a vice na chapa de Dilma Rousseff. Peemedebistas consideram que Temer tem mais poder decisório que o atual presidente da legenda, Valdir Raupp (RO), e mais força força para conter "rebeldes" da sigla. Em nota, Raupp disse que Temer terá "atuação plena" no período eleitoral para falar em nome do PMDB. O PMDB é o partido com maior número de senadores, mas na Câmara o PT reúne a maior bancada. O partido também governa seis estados, mas tem o objetivo de ampliar essa marca. Raupp vai assumir a vice-presidência do partido e cuidar de assuntos administrativos da sigla. O senador afirma que vai se dedicar à reeleição de Dilma, que garante a permanência do PMDB no governo. Em junho, o PMDB aprovou a reedição da chapa com Dilma.
Aumento adiado
Sem acordo, o aumento de até 35% nos salários de juízes, desembargadores e membros do Ministério Público (MP), que seria votado ontem no Senado, deve ficar para agosto, depois do recesso parlamentar. O governo trabalha para postergar a discussão. Se aprovada, a medida provocaria efeito-cascata nos salários de outras carreiras do Judiciário. A PEC 63 permitiria o adicional por tempo de serviço de 5% a cada cinco anos chegando ao limite de 35% aos salários de juízes, desembargadores, promotores, procuradores e integrantes do quinto constitucional. Os vencimentos ultrapassariam o teto do funcionalismo público de R$ 29,4 mil.
Bate-boca
Os deputados Rasca Rodrigues (PV) e Valdir Rossoni (PSDB) bateram boca na sessão de ontem da Assembleia Legislativa do Paraná. Rasca questionava Rossoni, presidente da Casa, pela inclusão de uma emenda supostamente prejudicial em um projeto de autoria do deputado Elton Welter (PT), que incentivava o cultivo de araucárias em propriedades rurais, e pedia o adiamento da votação. Enquanto o presidente respondia às acusações, o deputado, sentado logo atrás, teria dito palavras de baixo calão. Irritado, Rossoni encerrou os encaminhamentos e aprovou o adiamento, mesmo com deputados inscritos.
Voto consciente 1
Líder do governo na Assembleia, Ademar Traiano (PSDB) orientou ontem sua bancada para derrubar um pedido de informações à Copel, apresentado pelo deputado Tadeu Veneri (PT). Entretanto, ao invés de pedir aos deputados que votassem "não", ele pediu que votassem "sim pela derrubada". Alertado pelo presidente Valdir Rossoni (PSDB), Traiano corrigiu o pedido. Mesmo assim, a confusão estava feita: ele próprio acabou votando "sim". Confusões à parte, o objetivo foi atingido: 23 deputados foram contrários, e apenas 17 favoráveis.
Voto consciente 2
No pedido, Veneri requisitava cópia de todos os contratos de compra e venda de energia da Copel dos últimos 36 meses. Além disso, ele pedia informações sobre a compra de ativos de geração de energia de sete parques eólicos no Rio Grande do Norte, da empresa Salus Fundos de Investimento em Participações. Ademar Traiano argumenta que os contratos têm cláusula de confidencialidade.
Polêmica
A comissão especial que analisa a aplicação de medidas socioeducativas a adolescentes infratores cancelou a reunião prevista para ontem na qual seria votado o parecer do relator Carlos Sampaio (PSDB-SP). A votação do texto tem sido sucessivamente adiada. O texto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para incluir dispositivos polêmicos como a ampliação, de três para oito anos, do período de internação para adolescentes entre 16 e 18 anos que praticarem ato infracional equiparado a crime hediondo.
Pinga-fogo
"Bem-vindo à mudança."
Mote do site do senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB à Presidência da República. O site entrou ontem no ar.
Colaboraram: Amanda Audi e Chico Marés
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