O presidente da Copel, Rubens Ghilardi (foto), quase foi demitido do cargo na semana passada. O motivo: se recusava a entregar ao governador Roberto Requião (PMDB) a lista com os nomes dos funcionários da estatal e os salários de cada um. Requião cobrou com insistência a relação para publicar no site "Transparência", do próprio governo do estado (www.pr.gov.br). Mas Ghilardi argumentou que um parecer do diretor jurídico da Copel era contrário à divulgação dos salários. Funcionários da Copel entraram com pedido na Justiça para impedir a publicação. Mesmo assim, o governador deu prazo de 48 horas para o presidente liberar a lista. Entre o cargo e o documento, Ghilardi optou pelo primeiro.
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Aliás...
Não só os funcionários da Copel tentam impedir a divulgação dos salários. Os engenheiros da Cohapar conseguiram na sexta-feira uma decisão da Justiça do Trabalho proibindo o estado de revelar a remuneração. O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) conseguiu na Justiça do Trabalho a antecipação dos efeitos da tutela definitiva para que a Cohapar pare imediatamente de divulgar os nomes e salários dos engenheiros que trabalham na empresa. Segundo a decisão, em caso de descumprimento a Cohapar será penalizada com multa diária no valor de R$ 100,00 por trabalhador lesado, que deve ser revertida aos empregados. "Divulgar os salários e os cargos, sem a referência dos nomes dos trabalhadores é absolutamente suficiente para atingir a transparência apregoada pelo governador", diz o presidente do Senge-PR, o engenheiro civil Valter Fanini.
Vai faltar calendário
O cronograma de entrega de obras do PAC não ajuda muito a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Apesar de Lula ter dito que a acompanharia para "inaugurar o maior número de obras possível", apenas seis empreendimentos devem ficar prontos até abril, quando Dilma deve deixar o cargo de ministra e, assim, não poderá mais participar das inaugurações. O levantamento é da ONG Contas Abertas.
ACP contra o reajuste
O Conselho Político da Associação Comercial do Paraná (ACP) recebe, na próxima terça-feira, o deputado estadual Reni Pereira (PSB), relator do projeto encaminhado pelo governo para o reajuste do piso salarial regional (entre 11,9% e 21,5%). Reni é uma das poucas vozes da Assembleia Legislativa que se colocou contra o projeto. A intenção da ACP é dar mais subsídios contra o aumento.
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Visitas indigestas
Nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá duas visitas importantes, mas que o forçarão a tratar de temas espinhosos. Na quarta-feira chega ao país a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Ela já avisou que pedirá às autoridades brasileiras que pressionem o Irã na questão do polêmico programa nuclear do país. Lula viajará ao Irã em maio. No dia 9, o presidente recebe o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Na pauta, outro assunto indigesto para o Planalto: a extradição de Cesare Battisti.
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Pinga-fogo
"O governador Roberto Requião está prestes a encerrar o seu ciclo à frente do governo do Paraná. Mas, ainda assim, sua maior preocupação é desferir ataques contra o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e seus adversários. Se ele empregasse a mesma energia na busca de recursos federais, o Paraná estaria vivendo melhor situação."
Do oposicionista e líder dos Democratas na Assembleia Legislativa, Plauto Miró Guimarães, defendendo, indiretamente, o petista Paulo Bernardo.
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