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24/06/2005 – O governo brasileiro anuncia quebra de patente inédita de medicamento utilizado no tratamento da aids, o Kaletra, fabricado pelo laboratório norte-americano Abbott. Seria a primeira vez que um anti-aids tem sua patente quebrada no mundo.

08/07/2005 – Humberto Costa deixa o cargo de ministro da Saúde e assume Saraiva Felipe. O Ministério de Saúde divulga uma nota informando que obteve uma redução significativa no preço do Kaletra e desiste da licença compulsória.

12/07/2005 – Um representante da Organização Mundial da Saúde diz que o acordo do Brasil com a Abbott foi "vil, não reduz o preço e foi feito a portas fechadas".

13/07/2005 – O ministro Saraiva Felipe afirma que não existe acordo escrito entre o governo federal e a Abbott e fala em retomar as negociações.

28/07/2005 – Saraiva Felipe insinua que o governo pode quebrar patentes de anti-aids. "Se o programa de assistência universal for ameaçado, não hesitaremos em fazer o licenciamento compulsório", disse o ministro numa conferência no Rio de Janeiro.12/08/2005 – O Conselho Nacional de Saúde recomenda, por unanimidade, a quebra da patente do Kaletra e outros dois anti-retrovirais.

2/10/2005 - Depois de três meses de negociações, o Ministério da Saúde informa que chegou a um acordo com o Abbott para reduzir em 46% o preço do Kaletra.

11/11/2005 – Em um documento, o gabinete do ministro da Saúde afirma que a expansão da infecção pelo vírus da aids em todo o país está controlada, o que justificaria a manutenção de patentes de remédios contra a doença.

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