O pacificador

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A indicação do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP, foto) para a Secretaria de Relações Institucionais foi considerada positiva pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Para ele, é um passo importante do Palácio do Planalto para dirimir os conflitos da base com o governo. Berzoini substituirá Ideli Salvatti, que assumirá a Secretaria de Direitos Humanos. Para Alves, Berzoini terá um melhor entendimento das necessidades das bancadas da Câmara do que seus antecessores, que têm origens no Senado. "A Câmara tem que ter um tratamento diferenciado em relação ao Senado. Agora vamos ter na área política um deputado que conhece isso. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, não conhecia porque era do Senado. A Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann também", afirmou. Segundo Alves, antes mesmo de tomar posse Berzoini vem buscando aproximação com o PMDB, que chegou a comandar um bloco com partidos da base aliada no início do mês.

Riocentro 1

O general João Figueiredo, presidente da República de 1979 a 1985, sabia dos planos do Destacamento de Operações de Informações (DOI), órgão de repressão da ditadura militar, para a realização de um atentado contra o Riocentro, em 1981. A informação foi revelada ontem pelo jornal O Globo, com base em documentos do Inquérito Policial Militar sobre o caso. O atentado foi feito por dois militares do DOI na noite de 30 de abril de 1980, e Figueiredo havia sido alertado pelo menos um mês antes pelo Serviço Nacional de Informação (SNI).

Riocentro 2

Segundo os documentos revelados pelo jornal, o plano dos militares era provocar um apagão durante o show de Elba Ramalho no Riocentro, em comemoração pelo Dia do Trabalho. Uma bomba explodiu na porta da central de energia do pavilhão de eventos e o outro artefato foi detonado no carro onde estavam o sargento Guilherme Rosário e o capitão Wilson Chaves Machado. Rosário morreu no local. Segundo O Globo, em depoimento o ex-chefe do SNI Otávio Medeiros acusou o general Newton Cruz de ter conhecimento dos fatos.

Vereador preso em MG

Um vereador foi preso com mais duas pessoas acusado de tráfico de drogas. Reginaldo Ross Alves, 39 anos, conhecido como Régis, é vereador pelo PDT em Central de Minas (MG). Ele foi flagrado com 400 gramas de cocaína pura em Conselheiro Pena (MG), com o comerciante Júlio César de Oliveira, 48, e o frentista Genésio Tadeu da Silva, de 32. Eles foram abordados pela Polícia Militar quando estava em um Corolla parado em um posto de combustíveis. Na delegacia de Governador Valadares, a Polícia Civil constatou que o vereador já tinha passagem por receptação. Os três foram autuados em flagrante por tráfico.

Colaboraram: José Marcos Lopes e Camille Cardoso.