Ao comentar reportagem do Globo sobre o seu livro “Evangelizando a África”, no qual ataca a homossexualidade e o catolicismo, o candidato do PRB à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse neste domingo (16) que a eleição é do senador e não do missionário que foi na década de 1990. Crivella justificou que tinha muito menos de 42 anos quando escreveu o exemplar e ainda disse que “nem sabia” que a obra tinha sido impressa.
“O que escrevi é o que está ali. O povo há de entender. Hoje, não teria usado aqueles adjetivos e aquelas palavras”, disse o senador, após se reunir com vereadores no Museu do Amanhã. “O livro foi escrito originalmente em zulu e inglês antes de voltar para o Brasil. Quando retornei, imprimiram aquele livro. Como os direitos autorais são doados, não sabia que tinha sido impresso e nem a tiragem. Mas é bom lembrar que tinha muito menos de 42 anos. Se tivesse 42, talvez não tivesse escrito”, afirmou.
Ele voltou a pedir perdão e se desculpar, caso tenha ofendido alguém. O candidato atribuiu citações em que diz que homossexuais são vítimas de um espírito imundo a “exageros”.
“Foi uma generalidade imperdoável. Um exagero para o qual quero me desculpar. Peço perdão, se de alguma forma ofendi alguém. Quero dizer que eles (se referindo aos homossexuais) vão ter toda proteção no meu governo. Vou garantir que suas expressões democráticas sejam respeitadas”, finalizou.