O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta segunda-feira (7) que a Casa continuará observando a lista dos mais votados dentro das coligações para empossar suplentes no Legislativo.

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Maia sinalizou que não pretende tomar conhecimento de decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que têm determinado, em caráter liminar, a posse do suplente do partido do titular. O julgamento definitivo da questão ainda deve ocorrer no Supremo, em data não determinada.

"Vamos continuar cumprindo a lei. E a lei determina a posse do suplente da coligação. A Câmara vai continuar com entendimento de que o que vale é a coligação", afirmou Maia ao deixar seminário do PT realizado em Brasília na tarde desta segunda.

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Aos partidos e parlamentares que questionarem a postura da Câmara, Maia deixou aberta apenas a via judicial ao dizer que a Casa irá tratar os casos em processos internos. Em dezembro do ano passado, o STF decidiu, por 5 votos a 3, a convocação do suplente do mesmo partido – e não da coligação – no caso do deputado Natan Donadon (PMDB-RO).

Para chegar ao novo entendimento, os ministros do Supremo levaram em consideração a regra da fidelidade partidária, imposta pelo próprio STF, em 2007. Pela norma, o mandato parlamentar pertence ao partido.

Na última sexta, a ministra Carmem Lúcia decidiu que os suplentes Humberto Souto (PPS-MG) e Carlos Victor (PSB-RJ) deveriam assumir as cadeiras dos titulares Alexandre Silveira (PPS-MG) e Alexandre Cardoso (PSB-RJ). A medida causou conflito na Câmara, que já havia dado posse a João Bittar (PR-MG) e Dr. Carlos Alberto (PMN-RJ), tendo por base a sequência das coligações.

O impasse deve ser analisado internamente na Câmara, que abrirá processo para decidir como tratar a posse dos suplentes.