O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, classificou como "inaceitável", o desaparecimento de cinco ossadas e um crânio, que poderiam ser de guerrilheiros executados pelo Exército durante a guerrilha do Araguaia. Os ossos foram localizados e desenterrados do cemitério de Xambioá (TO), em uma expedição realizada em outubro de 2001 e desapareceram em Brasília.
Em nota, Damous, que também preside a Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, disse que o desaparecimento mostra que não há interesse em "passar a limpo a história da ditadura". A nota diz que o episódio demonstra que "existem segmentos do Estado brasileiro que não querem revelar a verdade dos fatos da guerrilha do Araguaia, e de todos os outros ocorridos na ditadura militar".
Desde 2009, os ossos se encontravam na UnB, mas antes passaram por vários órgãos federais em Brasília. Não há pistas do local onde o material se perdeu. O desaparecimento foi acusado em relatório do Instituto Nacional de Criminalística, de novembro de 2012, que fez um inventário das 25 ossadas que estão Brasília à espera de exames de DNA.