A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal, protocolou nesta quarta-feira (16), na Câmara Legislativa, mais três pedidos de cassação contra parlamentares citados no inquérito que apura um suposto esquema de corrupção no governo DF. As representações são por quebra de decordo parlamentar contra o suplente Pedro do Ovo (PRP), e os deputados Ayton Gomes (PMN) e Rogério Ulysses (PSDB).
Nesta terça-feira (15), a OAB-DF entrou com pedidos de cassação contra os deputados Benedito Domingos (PP) e Benício Tavares (PMDB), também supostamente envolvidos no escândalo que ficou conhecido como "mensalão do DEM de Brasília". A OAB-DF informou que até sexta-feira (18), irá entrar com pedidos contra o deputado Rôney Nemer (PMDB) e o suplente Berinaldo Pontes (PP).
No total, o órgão já entrou com representações contra oito deputados distritais, além de pedidos de impeachment contra o governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) e o vice-governador, Paulo Octávio (DEM). A Procuradoria-Geral da Câmara negou andamento ao pedido contra Octávio por acreditar que a Constituição Federal não admite impeachment contra vice.
Entre os deputados que tiveram requerimentos de cassação protocolados pela OAB-DF estão também Eurides Britto (PMDB), líder do governo, Júnior Brunelli (PSC) e o presidente afastado da Casa, Leonardo Prudente (DEM), que aparece em vídeo guardando dinheiro nas meias.
O escândalo começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, Arruda é apontado como o
comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados. Repasses de dinheiro foram registrados em vídeos e entregues à PF por Durval Barbosa, ex-secretário do governo do DF que denunciou o esquema.
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