Processo na Ordem dos Advogados do Brasil instaurado em 2002 concluiu que eram descabidas as suspeitas de que o cantor Wilson Simonal, já falecido, era colaborador do regime militar. Segundo nota divulgada neste sábado pela OAB, levantamento nos arquivos do extinto SNI atestaram que Simonal não era "dedo-duro", como o cantor chegou a ser acusado.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da Ordem dos Advogados do Brasil examinou documentos do antigo SNI, da Polícia Federal, recolheu depoimentos de pessoas que conviveram com Simonal e analisou material jornalístico do começo dos anos 70. Em 1972, Wilson Simonal foi acusado de participação em um seqüestro e de ter delatado aos órgãos repressores do governo militar uma série de pessoas ligadas ao meio musical. O cantor sempre negou ser um colaboracionista. Simonal completaria neste domingo 67 anos de idade.
- A Comissão não é um tribunal para decidir sobre a questão formulada, mas proferiu sua conclusão baseada na força moral da OAB, entidade à qual se vincula - explicou o então conselheiro federal Rogério Portanova (SC).
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