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O presidente em exercício do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ercílio Bezerra, estranha a diferença de gastos previstos pelos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2002 e na atual. Ercílio lembra que a expectativa para essas eleições era a de que as campanhas fossem ser bem mais enxutas devido às recentes restrições impostas pela minireforma eleitoral, entre elas a proibição de showmícios.

Segundo ele, ou os valores informados no passado estão errados, tendo ocorrido gastos não contabilizados à Justiça Eleitoral, ou os declarados agora são mais altos "exatamente para encobrir e tornar oficiais as diferenças gastas no passado por meio de caixa dois".

- Como é que se pode conceber que, agora, esse teto para os gastos sofra essa majoração extraordinária em um período tão exíguo? Está claro que há algo de errado. Com isto, implicitamente, os grandes partidos praticamente reconhecem o tamanho do caixa dois usado na campanha passada - disse.

As coligações registraram suas candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com limites de gastos que em alguns casos chegam a quase o triplo dos números previstos para as campanhas de 2002. Entre elas, estão as previsões de gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), estimadas em 89 milhões e R$ 85 milhões, respectivamente.

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