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São Paulo - Há dois dias no cargo de presidente da Ordem dos Ad­­vogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante já bateu de frente com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Men­­des, ao discordar sobre a lentidão do Poder Judiciário.

Segundo o advogado, a lentidão na análise dos processos é real e palpável. "A lentidão não é mito, é um fato real, pois se fosse mito não seria necessário o CNJ (Con­­selho Nacional de Justiça) estabelecer metas para redução do volume de processos. Metas que, pelo que se divulgou, nem foram alcançadas", afirmou Cavalcante em nota divulgada por sua assessoria.

Na terça-feira, Mendes disse durante discurso na abertura dos trabalhos do Le­­gislativo que o Poder Judiciá­­rio vem mudando a imagem de lentidão que marca suas atividades. "A lentidão que se atribui à atividade jurisdicional é pontual e concentrada", afirmou.

Mendes citou, como exemplo de mudança na conduta do Poder Judi­ciá­rio, os mutirões que tentaram agilizar o julgamento de processos paralisados na Justiça. O ministro também reconheceu as dificuldades que enfrenta para mudar o modelo em vigor, mas se mostrou disposto a manter as ações em curso.

Para Cavalcante, falta empenho dos juízes. Segundo ele, um dos motivos da morosidade "é que a grande maioria dos juízes não cumpre seus horários e trabalha, quando muito, no ‘sistema tqq: terças, quartas e quintas-feiras’".

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