A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reagiu neste sábado (9) com preocupação à informação divulgada pelo Estado de que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido contaminado, a exemplo do Congresso, com o baixo quórum das sessões. Presidente da OAB no Rio, Wadih Damous, disse ter ficado decepcionado com o excesso de faltas dos ministros do STF. Segundo a reportagem, de 2 de fevereiro até 7 de maio, a mais alta corte do Judiciário se reuniu 24 vezes em sessão plenária. Mas em apenas seis oportunidades estavam todos os 11 ministros do STF.

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"O quadro que foi revelado nos deixa decepcionados ao perceber que o Supremo vem deteriorando a qualidade do seu serviço, o que não acontecia até no passado recente. O STF era uma espécie de ilha dentro do Judiciário brasileiro", anotou Damous. O presidente da OAB do Rio ressaltou que o Supremo exerce influência nas instâncias superiores do Judiciário, o que aumenta o grau de preocupação. "Aquele que pleiteou o cargo de ministro não pode pensar em outra coisa, e parece que não é isso que está acontecendo", lamentou Damous.

A reportagem do Estado fez um levantamento das faltas a partir das atas publicadas no Diário da Justiça, e mostra que alguns ministros têm se ausentado por estarem envolvidos em outros projetos, como é o caso da ministra Ellen Gracie, candidata a uma cadeira no Órgão de Apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC). "A ausência de três ou quatro ministros em uma sessão pode ser decisiva em um julgamento e pode expressar falsa maioria. Isso é prejudicial", concluiu o presidente da OAB do Rio.

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