O conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irá ajuizar na próxima semana três processos contestando as aposentadorias dadas aos ex-governadores, uma delas no Paraná. O estado é o que mais gasta para pagar pensões a ex-governantes e/ou viúvas aproximadamente R$ 4,5 milhões por ano. A Ordem também vai ingressar com ações diretas de inconstitucionalidade que questionarão as pensões concedidas nos estados de Sergipe e Amazonas. A entidade quer que o STF edite uma súmula vinculante no julgamento do primeiro caso, mas promete entrar com novas ações. "Esses são privilégios espúrios que agridem a sociedade brasileira", afirmou o presidente da OAB, Ophir Cavalcante (foto). Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Hercília Catharina da Luz, 89 anos, filha de Hercílio Luz, que governou Santa Catarina por três mandatos na República Velha (1889-1930), recebe atualmente R$ 15 mil por mês dos cofres públicos. Os estados brasileiros gastam ao menos R$ 30,5 milhões por ano com aposentadorias e pensões para ex-governadores ou suas viúvas.
Número
200 mil militantes virtuais se cadastraram no site de Dilma Rousseff (PT) durante a campanha eleitoral. O número foi divulgado pela empresa Blue State Digital, que prestou serviços para a petista. O número foi comemorado pelos responsáveis, mas representa muito pouco frente ao que a Blue State arregimentou para a campanha do presidente norte-americano, Barack Obama. Em 2008, foram feitos 13,5 milhões de cadastros no site dele.
Entre dois amores
O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), preterido pelo governador tucano Beto Richa para ocupar um cargo de destaque no seu secretariado, começou a ser procurado por caciques do PMDB. Fruet, entretanto, deve esperar até junho para decidir se volta ao ninho peemedebista. Nesse período ele quer avaliar o desempenho e as escolhas feitas por Richa. Mas, caso decida retornar ao PMDB, vai querer garantias de que a ala de Roberto Requião não irá puxar seu tapete, como já aconteceu no passado.
Sarney e as tropas
Tudo indica que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vai conseguir a reeleição. Se isso se confirmar na votação da próxima terça-feira, quando tem início a próxima legislatura, o peemedebista já tem compromisso para o dia seguinte. Como presidente do Congresso, passará a tropa em revista, assim como fez em 2003. No gramado em frente ao Parlamento, será dado um toque de saudação e o comandante da Guarda de Honra do Batalhão da Guarda Presidencial o conduzirá para, no jargão militar, avaliar o moral da tropa.
Contra a posse
José Cid Campêlo Filho entrou ontem com mais um recurso para tentar impedir a posse de Maurício Requião como conselheiro do Tribunal de Contas. Desde 2008, Cid Campêlo vem duelando com Maurício na Justiça. Até agora, o advogado conseguiu manter o irmão de Roberto Requião fora do tribunal, sob o argumento de que a nomeação configura nepotismo. O recurso levado à Justiça nesta segunda-feira, pela nova lei, sobe direto ao Supremo Tribunal Federal. A última vitória foi de Maurício, que conseguiu uma decisão a seu favor no Tribunal de Justiça do Paraná.
Esclarecimento
A assessoria do secretário-chefe da Casa Civil, Durval Amaral, informou ontem que ele abriu mão dos vencimentos a que teria direito como membro do Conselho de Administração da Celepar. Durval, portanto, não recebe os R$ 1,7 mil mensais, ao contrário do que foi informado na reportagem publicada ontem pela Gazeta. Durval anunciou que não tinha intenção de receber a remuneração em 6 de janeiro, na primeira reunião em que participou como conselheiro da Celepar.
Para prefeito
O deputado federal André Vargas (PT) anunciou nesta segunda-feira, via Twitter, que é candidato à prefeitura de Londrina em 2012. Disse ele que se reuniu com o ex-prefeito Nedson Micheletti, também do PT. Segundo Vargas, ele será candidato "desde que o partido consiga construir alianças". De preferência, com PMDB e PPS.
Pinga-fogo
"Caro Requião, bom dia! Cuide do seu partido. Coloque ordem no PMDB. Foi só acabar a eleição e já aderiu ao governo de Beto Richa."
Da senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT), em resposta ao colega Roberto Requião, que em comentário no Twitter.
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