A visita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará ao Brasil em março, incluirá reuniões sobre diversos temas que vão desde os programas de transferência de renda até questões de energia, investimentos em projetos do pré-sal, comércio exterior, direitos humanos e mudanças climáticas. Na pauta de discussões também entrarão a crise cambial e do desenvolvimento sustentável. A data da viagem ainda está sendo negociada com a assessoria da presidente brasileira, Dilma Rousseff (PT), mas é provável que ocorra na segunda quinzena do mês.
De acordo com informações da Agência Brasil, os governos do Brasil e dos Estados Unidos já sinalizaram que estão entre as prioridades as propostas de uso de energia limpa e recursos renováveis. Do lado norte-americano, houve ainda indicação sobre articulações para as parcerias de projetos do pré-sal e ações de cooperação para os países pobres, em especial o Haiti.
Na área econômica, um dos principais assuntos será a desvalorização da moeda americana gerada por medidas unilaterais, inclusive por parte dos Estados Unidos para o fortalecimento da economia interna, mas que causa o desequilíbrio global. Uma das preocupações nos Estados Unidos, segundo assessores, é que os investidores norte-americanos estão perdendo espaço para os chineses no Brasil. Atualmente a China é o principal parceiro comercial do Brasil. A perda de espaço comercial é um elemento novo nas relações entre os dois países, pois os norte-americanos durante anos foram os primeiros investidores no Brasil.
Barack Obama desembarcará em Brasília com uma comitiva que deve reunir ministros, assessores e empresários. Os negociadores norte-americanos e brasileiros estão preparando a agenda de discussões. As conversas de Dilma e Obama ocorrem em duas fases: primeiro, com a participação de todos os assessores e, depois, a sós. Dilma pretendia ir aos Estados Unidos em março, mas houve uma mudança na agenda.
Deixe sua opinião