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A regulação da propaganda de alimentos com alto teor de açúcar é defendida pela Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (Abrandh). A entidade defende o aumento de prazo para audiência pública da resolução Nº 71, anunciado na quinta-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O coordenador-técnico da Abrandh, Flávio Luís Valente, acredita que devido à importância do tema "se exige uma participação mais efetiva de toda a sociedade na discussão da norma".

Valente considera que o problema da alimentação no Brasil não se limita a doenças como a desnutrição ou a falta de nutrientes, mas também o da alimentação inadequada que tem ocasionado crescimento do número de crianças e adultos obesos.

- O índice de obesidade infantil e de adultos está aumentando assustadoramente na sociedade brasileira. Hoje em dia, já existe 30% da população adulta com problemas de sobrepeso e obesidade e geralmente essa pessoas têm um risco mais elevado de desenvolver doenças coronárias, pressão alta ou derrames - afirmou em entrevista à Rádio Nacional.

De acordo com Valente, uma das razões da resolução é a de impedir que empresas veiculem, de forma inadequada, propagandas de alimentos que ofereçam risco à saúde.

- A primeira atitude que deve ser tomada é entender que uma criança com menos de 12 anos ainda não é capaz de tomar decisões totalmente racionai - argumenta Valente. - Ela é muito sensível à indução provocada pelas propagandas - continua.

Valente ressaltou ainda que a norma é importante porque, além de forçar que haja uma tarja indicando o perigo que determinados alimentos podem causar a saúde, ela também impede a propaganda na televisão, por exemplo, no período de seis horas da manhã às nove horas da noite.

- Ou seja, período em que as crianças estão mais expostas à televisão. A outra ação que ela impede, é que sejam usados brindes dentro dos alimentos - informou.

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