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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que os cortes no Orçamento não foram adotados focando prioritariamente a inflação. Segundo ele, a medida visa um ajuste anticíclico na economia: reduzir de 7,5% para 5% o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "Mas é claro que tem impacto na inflação", disse.

O ministro afirmou que, para conter a alta de preços, o governo está usando um conjunto de medidas, como o aumento das taxas de juros, a alta do depósito compulsório e a redução de despesas, desde o fim do ano passado, para moderar a demanda.

Mantega repetiu, no entanto, que parte da inflação é mundial e que não há nada que o governo possa fazer. Ele disse que o objetivo do governo é voltar a alcançar em 2011 a meta cheia de superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida pública). "Isso nos dará uma situação mais confortável e permitirá que as taxas de juros caiam mais adiante, não é agora" afirmou.

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