Os contratos das empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht para obras na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato. No despacho que autorizou as prisões desta sexta (19), o juiz Sergio Moro transcreveu trechos da delação premiada de Alberto Youssef, em que o doleiro revela a participação da Odebrecht no pagamento de propinas por obras na Petrobras.

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Segundo Youssef, entre 2005 e 2006 o ex-deputado José Janene (morto em 2010) pediu que ele fosse até a empresa UTC buscar “a verba de um comissionamento” relativo “a uma obra acertada na Repar”.

A obra de cerca de R$ 10 bilhões foi executada pelas empresas UTC e Odebrecht. Segundo Youssef, a propina para a Diretoria de Abastecimento, comandada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa (também delator do esquema) foi de R$ 20 milhões, sendo que cada empresa pagou R$ 10 milhões.

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De acordo com Moro, os diversos contratos da Odebrecht com a Petrobras chegam a US$ 4 bilhões em determinada área e R$ 21,6 bilhões e outras. As empreiteiras negam as acusações e dizem colaborar com a Justiça.