A nova administração de Londrina inicia a gestão com pelo menos seis obras paralisadas por irregularidades no cumprimento dos contratos, além de outras obras importantes interrompidas por falta de recursos. O desafio da gestão do novo prefeito, Alexandre Kireeff (PSD), será equilibrar as prioridades dentro de um orçamento enxuto.

CARREGANDO :)

Segundo o secretário de Obras, Sandro Nóbrega, o orçamento da pasta é de cerca de R$ 90 milhões, menos de 10% do valor total do orçamento do município, que é de R$ 1,2 bilhão. É um valor considerado pelo secretário como limitado para as necessidades da cidade. Segundo Nóbrega, duas das principais preocupações são com a manutenção da pavimentação das ruas e com as obras paralisadas.

O vice-prefeito, Guto Bellusci (PSD), garante que as obras iniciadas serão concluídas. "Vamos garantir a finalização dessas obras, com atenção especial às que já têm financiamento externo, como o Teatro Municipal." A finalização da Avenida Ayrton Senna e a duplicação da Avenida Castelo Branco também são prioridades para a nova administração, diz Bellusci.

Publicidade

O secretário Sandro Nóbrega declarou que dentro de 120 dias a obra de finalização da Avenida Ayrton Senna, que se arrasta desde 2008, será retomada. Nóbrega pretende ainda finalizar nos próximos meses a duplicação da Avenida Alziro Zarur, na zona leste.

Das 41 obras com editais lançados pela Secretaria de Obras a partir de 2010, apenas 14 foram concluídas. Entre as obras concluídas, cinco delas são na área de saúde e quatro na área de educação.

Creches

Duas das obras paradas por irregularidades na execução do contrato são centros de educação infantil. Para finalizar essas construções será necessário abrir novo edital de licitação, segundo a arquiteta Celina Ota, da Secretaria de Obras. A Praça da Juventude, no Jardim dos Alpes (zona norte), iniciada em 2010 também está parada. A obra deveria ser construída com recursos municipais e federais. Foram gastos R$ 1 milhão na construção, recursos vindo da Caixa Econômica Federal. A paralisação contribui para onerar a obra. "Só para readequar o projeto para retomar a construção seriam necessários cerca de R$ 200 mil", afirma o ex-secretário de Gestão Pública, Denilson Novaes.