Apesar das notícias de que teria dado aval a executivos da empresa falarem, Marcelo Odebrecht, preso desde junho, parece irrefutável quanto à decisão de não colaborar com a Operação Lava Jato .
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Nas alegações finais entregues à Justiça Federal na terça-feira (1º), a defesa dele fez duras críticas ao uso da teoria do “domínio do fato” contra ele.
No documento, assinado pelo advogado Nabor Bulhões, consta que o grupo é uma “gigantesca rede”, com “estrutura altamente descentralizada”, e que não havia como o réu saber de todos os detalhes do que acontecia na organização.
Delações de executivos próximos assombram Lula na Lava Jato
Leia a matéria completaEm um vídeo anexo, quatro delatores da Lava Jato afirmam que não trataram de pagamentos ilegais com o empreiteiro. Segundo a defesa, “não se identificou uma única prova do envolvimento de Marcelo Odebrecht nos crimes”.
O documento definiu ainda como “publicidade opressiva” a feita por investigadores e procuradores ao longo do processo, “acompanhada de vazamentos seletivos de informações sigilosas”.
Anotações no celular do empreiteiro, como uma que fala em “higienizar apetrechos”, foram usadas pelo juiz Sergio Moro como argumento para manter o réu preso.
Para a defesa, o Ministério Público Federal “explora de forma desleal e distorcida fatos relacionados” para “criar um ambiente a ele desfavorável na mídia e perante a opinião pública, na tentativa de legitimar uma futura condenação sem provas”.
Moro também foi criticado: a defesa afirma que o juiz não permitiu que testemunhas fossem ouvidas e “prejulgou os fatos”.
Em nota, advogados dos ex-executivos da Odebrecht negam que seus clientes tenham aderido à delação.
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