Oferta da Saab à FAB inclui compra de aviões Embraer e fábrica

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A sueca Saab entregou à Força Aérea Brasileira (FAB) nesta sexta-feira sua oferta final na disputa por um contrato bilionário de caças, garantindo que, se vencedora, instalará uma fábrica no país e comprará aviões Super Tucano da Embraer.

"O pacote industrial ímpar representa uma participação direta de empresas brasileiras no desenvolvimento, na produção e na manutenção do caça Gripen NG", disse em comunicado o presidente-executivo da Saab, Åke Svensson.

Além da sueca, a francesa Dassault, com o caça Rafale, e a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, disputam o contrato para a venda de 36 caças de multiemprego à FAB. Os aviões substituirão os jatos atualmente em operação, considerados obsoletos.

O prazo original de entrega das propostas era 21 de setembro, mas a FAB estendeu a data para 2 de outubro, dando mais tempo para que as fabricantes melhorassem suas ofertas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou publicamente seu apoio ao caça francês Rafale.

A Saab não revelou a parte financeira da nova proposta entregue ao governo brasileiro, mas disse que a agência de fomento a exportações sueca concederá empréstimo de longo prazo no mesmo montante do contrato.

Segundo a empresa, a oferta envolve transferência completa de tecnologia, com liberdade para que o Brasil escolha armas e sistemas de integração dos caças.

Além disso, assegura produção nacional de 80 por cento dos componentes e a instalação de uma linha de produção completa do Gripen NG no país.

No que diz respeito à Embraer, a Saab informou ter a intenção de avaliar o projeto do cargueiro KC-390 da fabricante brasileira, com base em suas necessidades táticas de transporte militar no longo prazo. A sueca informa também ter interesse em se juntar ao programa de desenvolvimento do KC-390 --possibilidade já aventada pela Boeing.

A Saab propõe ainda substituir a frota de aviões de treino SK 60/Saab 105 na frota da Força Aérea Sueca por aviões Super Tucano da Embraer.

A Dassault e a Boeing ainda não se manifestaram sobre suas ofertas melhoradas.