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Requião recebeu a denúncia e informou ministro | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Requião recebeu a denúncia e informou ministro| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Uma empresa do Paraná afirma que oficiais do Exército pediram propina para referendar a vitória numa licitação, segundo reportagem da revista Veja desta semana. A cobrança de dinheiro, segundo a denúncia, foi feita ao Grupo Mascarello, fabricante de ônibus. Sob a promessa de liberar pagamentos referentes à venda de 65 ônibus para o Batalhão da Guarda Presidencial, os oficiais exigiram 5% dos R$ 17,8 milhões da concorrência vencida pela Mascarello.

A empresa fez chegar o problema ao senador Roberto Requião (PMDB-PR), que falou com ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Após isso, a licitação foi referendada sem o pagamento de propina e o Exército abriu uma investigação ainda não concluída, segundo a revista.

À reportagem de Veja, Requião disse que recebeu a denúncia no fim do ano passado. Segundo ele, um integrante da diretoria da Mascarello falou com ele sobre o assunto. O senador então decidiu informar o caso a Mercadante.

A assessoria do ministro, por sua vez, afirmou à reportagem que recebeu a suspeita e a comunicou ao Comando do Exército. "[Após a denúncia de Requião], o ministro [Mercadante] ligou imediatamente ao comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, relatando o ocorrido", informou a assessoria de Mercadante.

Ainda segundo o ministério, o comandante militar informou ao ministro que a empresa assinou o contrato sem qualquer dificuldade, dentro das regras da licitação, e que todas as pessoas citadas foram ouvidas. "Posteriormente, a presidenta [Dilma Rousseff] foi comunicada do fato, das providências tomadas e da pronta resposta do comandante do Exército", informa a nota da assessoria de Mercadante.

Sem nomes

A reportagem de Veja não informa os nomes dos oficiais investigados. A reportagem tentou, sem sucesso, ouvir o Exército sobre a suspeita. A compra dos ônibus para o Batalhão da Guarda Presidencial está inserida num dos projetos do governo do ano passado para aquecer a economia, o chamado PAC Equipamentos. No total, o governo tem a intenção de gastar R$ 8,4 bilhões com a compra de equipamentos para vários ministérios.

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