O presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, disse nesta terça-feira, em depoimento na CPI dos Bingos, que as despesas a título de um empréstimo do PT no valor de R$ 29,4 mil em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva correspondiam a adiantamentos feitos em 1997 referentes a uma passagem de ida e volta para a China para dona Marisa e adiantamentos para viagens internacionais do presidente. Okamoto disse que soube da despesa em 2002, quando, a pedido do presidente, foi homologada a rescisão do contrato de trabalho de Lula com o PT. Ele disse que tentou argumentar que discordava das despesas, mas o então tesoureiro do PT Delúbio Soares foi irredutível e ele acabou pagando as despesas sem relatar a Lula para não constrangê-lo.
Durante o depoimento, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), apresentou um parecer do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrando que políticos do PFL também teriam que devolver aos cofres públicos R$ 92 mil do fundo partidário, que teriam sido usados para gastos com viagens. O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN) , que foi citado por Mercadante como beneficiário, rebateu dizendo que não se trata da mesma coisa e que o dinheiro em nome de Lula foi declarado pelo PT à Justiça Eleitoral como empréstimo.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”