O Instituto Nacional de Formação e Assessoria Sindical da Agricultura Familiar Sebastião Rosa da Paz (Ifaz) foi condenado pela Justiça Federal a restituir R$ 7 milhões aos cofres públicos. A organização não-governamental (ONG) é acusada de fraude contábil e uso de "sede de fachada" em Goiânia para administrar um convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), firmado em 2006. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares aparece como um dos fundadores na ata de criação da entidade.
O vereador Carlos Soares, de Goiânia, irmão de Delúbio, disse que ele não faz parte da ONG. "O nome dele consta na ata de fundação, mas não encontramos nenhuma prova contra ele", disse o procurador. O Ifaz é dirigido por Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, homônimo do ex-tesoureiro de Fernando Collor de Mello.
A condenação da ONG, determinada pelo juiz da 4.ª Vara Federal em Goiás, Juliano Taveira, foi revelada pelo jornal O Globo. O esquema foi descoberto pelo procurador Raphael Perissé, do Ministério Público Federal (MPF), há dois anos. "O Ifaz era só uma fachada", disse. Segundo ele, a ONG chegou a receber R$ 4 milhões em repasses do Incra.
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