A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (20) que a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) não é "capricho" do Brasil e que a entidade "envelheceu".
"Fica patente do ponto de vista da segurança, a ONU também envelheceu", discursou a presidente na formatura de novos diplomatas no Itamaraty, em Brasília. "A reforma da ONU não é, portanto, um capricho do Brasil."
A reformulação do Conselho de Segurança é uma das bandeiras da diplomacia brasileira, que defende a ampliação do grupo de membros permanentes e que possui direito a veto nas votações.
Para a presidente, a "onda de democracia" no norte da África e em países árabes apenas comprova a necessidade de reforma da ONU.
Em um discurso que destacou pontos da política externa de seu governo, Dilma citou também a maior participação de países emergentes em organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, e defendeu um sistema "multipolar".
"As instituições internacionais de outrora se tornaram obsoletas... Há que reformar esta governança e dar a ela a representação que os países emergentes têm hoje no cenário internacional", declarou.
A questão dos direitos humanos, outra bandeira de Dilma, também foi citada pela presidente, que orientou os novos diplomatas a defendê-los "em todas as instâncias internacionais, sem concessões, discriminações ou seletividade".
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