Atualizado em 15/12/2006 às 19h15
Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Militar levou à prisão 75 policiais militares suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira. Os militares presos são de batalhões de Bangu, Rocha Miranda Méier e São Cristóvão e do Grupamento Especial Tático-Móvel (Getam). Por ter sido o batalhão com o maior número de PMs presos, o coronel Hudson de Aguiar exonerou o comandante do Batalhão de Bangu, coronel Celso Nogueira.
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Hudson Aguiar, trata-se da maior prisão de policiais militares já realizada no Rio de Janeiro na história da corporação. Além da prisão de 66 por determinação da Justiça Federal resta apenas um foragido , por decisão do comandante-geral foram presos também, administrativamente, por até 72 horas, outros nove policiais contra os quais a Justiça Federal expedira somente mandados de busca e apreensão.
- Vamos continuar expurgando da corporação aqueles que não a honram - disse Hudson Aguiar.
A Justiça Federal expediu 76 mandados de prisão, incluindo de um tenente, e de busca e apreensão dos policiais. Quarenta mandados são contra policiais do 14º BPM (Bangu). O comandante-geral da PM foi pessoalmente ao batalhão. Hudson Aguiar disse que o trabalho de investigação partiu da Policia Federal, mas a Corregedoria da Polícia e o Serviço Reservado da PM fizeram a identificação e a prisão dos envolvidos.
Os agentes da PM vasculharam armários e carros dos presos. Celulares e rádios foram apreendidos. A operação envolveu 200 policiais federais e 340 policiais militares. Durante a madrugada, mais de 300 agentes se reuniram no Centro de Educação Física Adalberto Nunes (Cefan), na Penha, na Avenida Brasil. Por volta de 5h30m, eles iniciaram a operação, que contou, em alguns locais, com o apoio de homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar.
Uma equipe do Comando Operacional Tático de Brasília foi para a Favela do Muquiço, em Guadalupe, na Zona Norte, para cumprir alguns dos mandados. Eles também contaram com o apoio de um carro blindado. Os policiais bloquearam os acessos à favela, impedindo a entrada de moradores e veículos. Uma parte da polícia invadiu a favela. Outros grupos de policiais ficaram em pontos estratégicos, armados de fuzis, provocando medo entre os moradores da comunidade. Até as 7h desta sexta, nenhum tiro havia sido disparado.
PT abraça PEC pelo fim da escala de trabalho 6×1 para tentar salvar popularidade de Lula
Perseguido pela esquerda, Frei Gilson ganha apoio de Bolsonaro; acompanhe o Entrelinhas
PGR faz acordo com Janones e mostra que a corrupção compensa
Sem visto americano? Um guia de viagem para Alexandre de Moraes no Maranhão
Deixe sua opinião