As operações de combate à corrupção ocorridas nesta terça-feira (9) em 12 estados vão se estender ao longo deste mês. Segundo o coordenador do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (Gncoc), o procurador-geral de Justiça de Rondônia, Héverton Alves de Aguiar, algumas não foram concluídas a tempo de integrar o esforço nacional.
"A intenção era que o maior número possível de estados participasse. Muitas operações não ficaram prontas. Então, certamente, ao longo deste mês muitas operações vão ser deflagradas", disse ao falar com a imprensa sobre a ação integrada desta terça-feira.
O esforço conjunto é necessário, de acordo com Aguiar, por causa da complexidade das organizações criminosas. "O crime se organizou e fez com que as suas organizações criminosas se vinculassem umas às outras. É importante que o Estado também faça o mesmo, é importante que o Estado se integre", disse ao apresentar o balanço inicial da operação que resultou na prisão de 91 pessoas em todo o país.
O Gnoc estima que as quadrilhas causaram prejuízos que somam R$ 1,14 bilhão aos cofres públicos. No total, participaram das ações158 representantes do Ministério Público, 1,3 mil policiais (federais, civis e militares) e técnicos. Foram investigadas 291 pessoas e 131 órgãos públicos.
Um das maiores ações foi no Rio Grande do Norte, para desmantelar esquemas de corrupção nas prefeituras de Macau e de Guamaré. As administrações das duas cidades são suspeitas de superfaturar contratação de shows musicais.
Deixe sua opinião