Após a notícia de que a Polícia Federal cumpria mandados de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a principal pergunta que dominou as redes sociais na manhã de hoje foi: por que só agora? Na visão de boa parte dos internautas, a Operação Catilinárias, deflagrada pela Polícia Federal no âmbito da Lava Jato, não produzirá efeitos significativos, já que se passaram quatro meses desde a denúncia proposta pelo Ministério Público no Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, Cunha teve todo esse tempo para destruir quaisquer provas que pudessem incriminá-lo.
O raciocínio é correto. Se o presidente da Câmara tivesse de posse de quaisquer documentos ou arquivos digitais que pudessem o comprometer nas investigações que têm contra si, não haveria razão para mantê-los em sua residência. Seria apostar na ingenuidade de um político que tem se mostrado habilidoso para impedir o andamento do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara, que tramita contra ele próprio.
É possível que a busca e apreensão tenha sido realizada por causa do inquérito aberto contra Cunha a respeito das contas na Suíça que o peemedebista possui em seu nome. Isso justificaria o mandado só ter sido expedido agora. Mas a razão exata para que só agora a medida tenha sido deflagrada é algo que somente será possível saber a partir do momento em que se tiver conhecimento da fundamentação do ministro Teori Zavascki, na decisão do mandado. A partir dali dará para avaliar se é justificável só agora ter ocorrido o pedido do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, acatado pelo ministro do STF.
Enquanto isso o que se pode é palpitar. Inclusive apresentar teorias mirabolantes.
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