15 dos 27 governadores podem concorrer à reeleição
Dos 27 governadores, 15 poderão concorrer à reeleição em 2014. Deles, apenas um deu declarações recentes negando que irá disputar o pleito o governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB), de Tocantins. Ele tem 85 anos e deve desistir por causa da idade. Os outros 14 têm se colocado como candidatos.
Em 2010, a taxa de reeleição foi bastante alta. De 16 governadores candidatos, apenas três perderam a disputa a paraense Ana Julia Carepa (PT), o paraibano José Maranhão (PMDB) e a gaúcha Yeda Crusius (PSDB).
No Paraná, a candidatura do governador Beto Richa (PSDB) à reeleição é dada como certa. Os dois únicos governadores que se candidataram à reeleição no estado venceram Jaime Lerner, em 1998, e Roberto Requião, em 2006. A ministra Gleisi Hoffmann (PT) e o senador Requião, que ainda depende de apoio do PMDB, devem ser seus principais adversários.
Maiores colégios
Nos cinco maiores colégios eleitorais do país, apenas dois governadores podem se candidatar à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Tarso Genro (PT-RS). Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Jaques Wagner (PT-BA) foram eleitos em 2006 e reeleitos em 2010. Já Antonio Anastasia (PSDB-MG) assumiu o governo de Minas Gerais em abril de 2010, após renúncia de Aécio Neves (PSDB) então candidato ao Senado. Elegeu-se em outubro daquele ano. Apesar de curto, esse mandato conta para efeito de reeleição, e ele não poderá disputar a eleição de 2014.
É possível que outros governadores venham a ser impedidos de disputar a reeleição. No Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM) foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2012 ela usou aeronave do estado para fazer campanha para a prefeitura de Mossoró em 17 oportunidades. Entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a manteve no cargo por liminar. Caso seja condenada pelo TSE, pode ficar inelegível. Seu vice, Robinson Faria (PSD), faz oposição ao governo desde o primeiro ano de mandato.
A "guerra das máquinas públicas" será uma realidade na eleição presidencial deste ano. Pouco mais da metade do eleitorado do país (59,4%) vive nos 14 estados governados por partidos que irão lançar ou apoiar candidatos de oposição ao governo federal (PSDB, PSB e DEM). Já a presidente Dilma Rousseff (PT) deve contar com o apoio de 13 governadores, que comandam unidades da federação com 40,4% do eleitores brasileiros. Os outros 0,2% dos eleitores residem no exterior. Entretanto, as particularidades do cenário político de cada estado podem influir nessa correlação de forças e isso vale para os dois lados.
INFOGRÁFICO: Veja as intenções de voto por estado
Apesar de governar apenas oito estados, menos de 30% das unidades da federação, os estados sob o comando do PSDB concentram 47% do eleitorado nacional. A legenda governa os dois maiores colégios eleitorais do país São Paulo e Minas Gerais e também estados importantes como Paraná, Pará e Goiás. Isso não significa, entretanto, uma adesão total da máquina pública desses estados à campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Em primeiro lugar, há as divergências no próprio partido. Parte dos tucanos paulistas, por exemplo, é alinhada ao ex-governador paulista José Serra (PSDB), principal adversário interno de Aécio. Mas o que mais pode pesar contra Aécio são as alianças do PSDB em cada estado. Um bom exemplo é o Paraná: a base de apoio do governador Beto Richa (PSDB) conta com o apoio de partidos alinhados nacionalmente à presidente Dilma (PMDB, PSC e PSD) ou ao pré-candidato ao Planalto pelo PSB, Eduardo Campos (o próprio PSB e o PPS). É provável que parte dos apoiadores de Richa faça campanha pelo voto "dilmicha" nas eleições ou seja, peçam votos tanto para o tucano quanto para a petista. O mesmo pode ocorrer com Campos. Já os aliados do governo federal contam com 13 governadores filiados ao PT, PMDB, PSD e Pros. Apesar de comandar alguns colégios eleitorais importantes Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul , grande parte dos "estados governistas" tem peso pequeno nas eleições nacionais. É o caso do Acre, Sergipe e Mato Grosso do Sul.
Nos estados governistas, a amplitude das alianças é um problema. É o caso do Rio de Janeiro. O PMDB, partido do governador Sérgio Cabral, e o PT romperam no estado, já que ambos querem lançar candidatos próprios. Em outros estados, como Amazonas e Santa Catarina, a presidente tem o apoio do governador, mas não de boa parte de sua base aliada.
Governo ou oposição?
O PSB, de Eduardo Campos e Marina Silva, governa bem menos estados do que seus adversários apenas cinco, que concentram pouco mais de 10% da população do país. Em um passado recente, o partido era da base do governo federal e ajudou Dilma a se eleger presidente em 2010. Essa confusão pode ser prejudicial para a dupla.
Dois governadores da legenda, Camilo Capiberibe (PB) e Renato Casagrande (ES), defenderam em 2013 que o partido se mantivesse no governo e, por consequência, apoiasse a reeleição de Dilma. Mas, ao continuarem na legenda, os dois deram um sinal de lealdade a Campos ao contrário do governador do Ceará, Cid Gomes, que deixou a legenda para ingressar no Pros e prosseguir na base de Dilma.
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